Wednesday, October 04, 2006

Há dias como estes em que o melhor a fazer é não pensar.
Não questionar se Deus existe, se a verdade é um bem absoluto ou relativo.
Se a lealdade é fundamento ou utopia.
Em dias como estes falta faz à farmaceutica uma aspirina para anestesiar a alma.
Falta faz à informática uma tecla para deletar os traumas.
Há dias como estes em que o melhor de nós é de nós foragido. E o melhor que se pode pensar é como não pensar em desistir.
E não ter que manter a eufórica leveza, nem ter que sustentar suas habilidades na crença de si mesmo.
Em dias como estes falta faz à magia uma varinha de condão pra fazer das trevas luz.
Falta faz à poesia uma palavra para calar a dor

... Ou para fazer mudo o amor.
Há dias e dias como estes, em vidas e vidas por aí.
E acontece que você não ouve o queixar das rosas. Por que simplesmente as rosas não falam.
E você já nem sabe se dos seus espinhos és tu a causa ou efeito e/ou ardor.
E em dias como estes há horas como estas e minutos como estes compostos de segundos como estes tão longamente duradouros.
Então o medo lhe é a maior das desculpas em pensamentos de dias como estes?
Saibas tu que mesmo em dias como estes o medo deve-lhe ser o pior dos conselheiros.
Então faças tu, das tuas horas como estas, o moinho da tua vida. E triture tudo em solitária escuridão. Chore o lamento de teu peito vazio de qualquer sentimento bom de ti. E questione as verdades que para tu pareciam absolutas. Contemple as tuas falhas grotescas.
E quando não lhe couber nem mais uma gota ou lágrima...
Segues tu o caminho avesso.
POr que ainda haverá dias e dias como estes e horas e horas como estas e minutos de longos e duradouros segundos como estes...

PS de PROPRIEDADE PARTICULAR E INTIMA:
pretinho?
Se puder me ler aqui saiba que acredito em ti. E que em dias como estes em que me falta a crença da recíproca. Espero eu ao menos dos teus olhos brilhantes não ter que sair.
Por isso, não leves tu, destas mágoas, alguma farpa. Pois se saires daqui sabendo que você não cabe nos meus lamentos, amanhã, e pelo avesso,farei-me levantar de saia de renda. Para rodar em rito a roda colorida
das palavras que me farão bailar enfeitada de amar.


Volto para trás.
E me faço, assim com obviosidade, retroceder.

Desvio-me da primeira direção;
E Reproduzo-te, espelhando um retrato, revelando as tuas cores da alma Colorido denso repercutido no espaço que é infindavelmente vosso.
Se intransito estes gestos, sigo a pensar maduramente, e assim posso faze-lo ter a influência.
Produzo estes feitos, em efeitos de longo prazo.
E sigo observando a objetar-se, incidindo na recaída para repercutir as vozes sufocadas de vossas vontades.

Transmito-me sem medo do efeito ou do significado etimológico de o fazer. Sou retrado de algo retratado.
Sou vago e sou solto, sou ato e sou falho.
E adaptando os versos de Aurélio, eu RE-flito para-ti