Friday, March 10, 2006




(desconsidere caso não entenda: Super gêmeos, ativar! )

Menino preguiçoso do rio...

O azedume do conceito da insubstancialidade, o amargo da transitoriedade e o fel da interdependência me fazem entender por que acordo todos os dias querendo conquistar você.
Se não sabes, já não te projeto como te vi ontem mas acordo querendo saber quem hoje é você e oque me faz supor amar-te... O que te faz rir em mim?... Oque nos faz ficar pra remar em alto mar?!
Com essas palavras, hoje, mais pobres de adjuntos adverbiais, conjugo em processo mental lento da atividade pensante, meu afeto. E confesso com letras meu segredo bucal, justificando em combinações afastadas da magia, o sucesso surpreendente do meu desejo corporal!
E sem entender muito em o que digo mas sabendo querer por teu riso e por teu Chico cantado a mim em melodias negras. E pra te trazer tatuado entendendo por que não sai do meu lado a mulher que eu criei pra ti... plagiarei o Buarque com gosto.

Gosto de café amargo, de beijo molhado e de tú!

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega, mas não lava
Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina, salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta, morta de cansaço
Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, ferro e fogo
Em carne viva
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sente


Não sei escolher que parte desta canção me pressente quando aguada aguardo por um toque seu!
Guarda contigo a menina que será sempre benvinda mesmo quando não vem!
guardo comigo a certeza de que seremos ou seríamos sempre eternos amantes mesmo amigos em qualquer estação!
Vem!