Saturday, September 30, 2006


e/ou...

era uma vez... (coloque aqui a sua historia) ...
e foram felizes para sempre
(ponha-se aqui no seu sorriso)...

a ilusao e/ou o desenho real se o sao objeto e/ou reflexo
nao se diferencia a definicao
confundem-se com o desejo
e/ou com a beleza
e agora nada mais sao do que um outro modo de ve-los
o antagonismo nao os contraria
entao era uma outra vez (coloque aqui a sua estoria)
... e foram felizes para sempre ( ponha aqui a sua gloria!)
considereacoes finais:
foto minha por que era uma vez a minha historia
e/ou sua por que era uma vez a minha estoria
eu vou falar do poste e vc?

www.flickr/photos/madu

fui a china-na
saber oque era china-na
todos eram china-na
e eu nao era china-na
(em epoca de decidir o futuro do Brasil nada melhor do que nao querer nada, nao pensar nada, nao dizer nada, e nao eleger esses nadas).
fui ao vietna-na..
nao!
ainda estou por aqui
e cantar
por que eh bom nao ter a responsabilidade de expressar uma na'cao

Wednesday, September 27, 2006



Não quero ser politizada.
Eu não.
Ora, não te parecem as pessoas politizadas demasiadamente sérias ou partidárias em exagero?
Ou não te parecem descrentes ou insatisfeitas demais?
E ainda que não sejam serias o suficiente para incomodá-los... Mas fosse eu mais politizada e estaria estrepada ou condenada a um partido sem qualquer futuro. PAI: partido do amor incondicional. Ora essa e tem cabimento elaborar qualquer fundamento político com essa legenda?
Condicionada a viver perpétuamente nesta caixa redonda terrestre já me foi dado o mínimo de politização necessário à espécie humana. E a este princípio existencialista, obigada, eu agradeço e amén!
A mim não!
A mim não cabe saber mais do que, osmóticamente sei, por estar nesta era. Não. A mim coube nascer do amor, viver do amor, perpetuar o amor e, quiçá, morrer com tamanho exagero desse tal sentimento.
A mim não coube o dom da inteligência extraordinária e nem me coube a insuportávelmente beleza do ser. Não!
Coube a mim chorar desaguada quando ao final de três longas horas concluo, alegre, o assistir da Insustentável leveza do ser.
A mim também não coube nascer em berço de ouro e nem coube a mim e ainda e também receber, sem o fazer por merecer, o amor incondicional, necessidade essa intrínseca à espécie.
A mim coube nadar e nadar e nadar pra morrer na praia. E quando já desinteressada por tudo que falasse de amor e desiludida pensasse em seguir a vida política para pelo menos enriquecer sem muitas medidas, coube a mim deparar-me com ele no mar, no ar ou o que quer que fosse o meio que ele fizesse exalar seu odor incomparávelmente fétido e fetichento. E de novo o amor esteve em mim!
A mim coube a difícil tarefa de aceitar em Pessoa a capacidade de ser medíocre mas não mediano. A mim couberam olhos a mais, sentidos demais, desejos inconcebíveis ou sentimentos demais... Coube a mim culpa demais, dramaticidade demais e inconsistências demais!
A mim coube observar ainda em Pessoa que, como eu, ele era medíocre às formações políticas mas em tudo o que foi sócio-qualquer coisa tivera sido ele essencial à esta raça desacreditada, dessensibilizada e demente.
A mim coube a esperança do afeto, a necessidade do objeto para amar. E me serviram os amigos, os inimigos, o meu filho, os dos outros, e até o mendigo. Mas tudo isso sem potenciais para politizar.
E a mim coube o cuidado de não estranhar que sejamos tão modernos quanto tecnológicamente mais evoluídos que qualquer um de nossos pais ou antepassados, mas perante eles sermos tão descrédulos e superados pela capacidade de amar!
Eis aqui o que me caberia se amor fosse legenda política: amar e quando não acreditar ou não puder ou não desejar... amar. Até vomitar e depois esfomeado de amor se alimentar... e ahhh mar!!!
Mais uma vez não me reservo a sufocante modéstia descabida e depreciativa não. Em matéria de amor eu sei mais que o Geraldo Alckmin, amar!!!... Mas nem assim espero o emergente acesso ao que julgo o retrocesso da espécie humana: a cadeira Mercadante de uma empresa qualquer.
A mim não! Esperidião Amin? Não!!!!!!
A mim coube o feudalismo, o romantismo ou o antropocentrismo se é que sei oque estou a dizer. E se não cabe a mim sabê-lo, sigo feliz por ser ignorante o suficiente para continuar crendo.
Uma homenagem à minha alma siamesa, ao meu amado preto, à minha cria dotada da responsbilidade de encher o tanque do meu reservatório de afetos.
A todo o resto a minha capacidade, o meu desassossego quando estão em desafetos e os meus ouvidos.
Com amor, por que em mim é só o que cabe!
Sem mais politizações, principalmente em véspera de eleições,
Lula lá ou não... danem-se. No dia da eleição eu justifico meu voto por que estava a amar!
Tata la muchacha ignorante e pra rimar... amante!

Estou eu dormindo muito?

Monday, September 25, 2006


garçom?
garçooommmm?
ô garçom?
enquanto o garçom não vem...
o tempo oscila como que sem cronologia
encontro em tempos diferentes, mas na mesma medida, três histórias parecidas.
A história da força de três pássaros meninas que desafiavam as circustâncias com as vísceras.

A primeira menina era Florinda... esta menina romântica e medieval tinha nascido com as palavras da vida. Sabia como encontrar qualquer medida ou maldade e sabia contá-las com poesia.
A segunda, Dona FLôr, era contemporânea e nada comedida. Mais enérgica que Florinda, ela ganhou de presente, ao nascer, uma lua. Tem muita sorte na vida e é determinada como um Girassol em busca da sua direção.
A terceira chama Margarida. e esta vem de um planeta que não se nomina. Tem jeito e cheiro de menina mas vive muito distante onde realiza projetos de desenvolvimento sustentável e pelo qual é muito bem quista e reconhecida.
Se encontraram, certa vez, num portal do tempo. Onde serviam-se de longas risadas regadas ao lúpulo e ao malte.
Não falavam bem a mesma língua e nem se quer se conheciam... mas bebiam com exagero da mesma bebida.
Saíram embriagadas, cada qual com o seu tempo e sua formação de feminina, sabendo apenas que quando chamavam o garçom, ali se entendiam.
A estas três pequenas flores dedico, com um brinde, a minha bebida.
E enquanto espero o garçom eu fico à espera das minhas meninas...
(uma homenagem a Gabriela Mamede, Natália Kondo e Tata Muchacha)
na foto uma imagem roubada de Paiva: o garçom mais amado do mundo!