Tuesday, October 10, 2006

Tive muito medo de pensar no que direi, mas como assim o é... Não tive outra escolha, por que o medo não é lá bom conselheiro como me alertaram várias vezes outros que os disseram...

Assim o é!

Plagiando um desses seriados que a gente, sem outra escolha, se envergonha de dizer que assiste, chegou ao limite de coincidências o que me traz aqui. E falarei, então eu, das palavras que encontrei da vida para assim me definir.
E se chegaram até aqui não terão escolha, terão de ler até o fim...
Ou se as querem (coincidências) saber, pois então fiquem mesmo, pois logo logo por repetição saberão o que tanto me disseram por ai...
Sou o que sou por que não tenho escolha. Fazemos o que fazemos por que não temos escolhas. E não adianta tentar fazer diferente, a resposta ser-nos-á sempre a mesma. E a este verbo precedido do advérbio de negação atribuo por mim, por que não tenho escolha, a sua sinônima LIBERDADE.
Então é fato! E se já não me envergonho de saber por que assisto não me cora a face também dizer: amo você.
Por que assim o é e não tenho escolha. Faça o que eu fizer, ande eu por qualquer canto do mundo tentando me desmentir, não chegarei a outro lugar quando a procura do amor senão a você.
E diante deste vão escuro que se instalou e que chegou a quase me tirar da vida o apetite visceral de me fazer viver, encontrei mais um fato coincidente nestas palavras que, não canso, como ser humano, de repetir~: que amo e você.
Foram os fatos do acaso, da força que eu tentava fazer contra e que, claro ,não se consumaram por que não era oque da vida me foi dado. E foi ter sido autorizada a ser o que sou e fazer o que faço por que não temos escolhas diante do que nos é certo... Foi poder assumir sem o medo da vergonha, do desprezo... Que amo mesmo que num instante seguinte a vida se fez intuir de novo e em mim enfeitou-se de vontades.
E juntando estes dados a outros fatos, como a mulher que ouvi prever, quando ela nada o sabia, que não tinha eu outra escolha a não ser viver do que você já deve saber. Foi por isso que intuindo a não-escolha cheguei aqui: Pois somos nós, eu e mais você condenados a de amor relacionado viver.
Coube então a ti pedir outras respostas? E você pediu e foi ao tempo (solitário) que te levasse ao lugar que lhe tiver que ser reservado, não foi? E eu não temo dizer que logo mais, ao tempo em que eu ainda não sei quando, talvez quando estiveres diante de um engano ou ao acaso de estares na praia ou a fazer nada... Quando der por si de estar no seu lugar, estarei eu ao teu lado a rir do que não pudemos escolher e ainda assim o fizemos. O que não é mal por que não nos foi não-escolha matar, roubar ou mentir... Nossa não-escolha é amarmo-nos. E fazer-nos rir e chorar e à chave lhe dar a fechadura para a porta abrir.

Cabe a ti, pelo sua singularidade da espécie, questionar da vida oque lhe é dado com a força do que não lhe é sabido e/ou desejado. E coube você questionar teu Deus por que necessitas amar a mim, não foi? Não o temas você não é oque é e faz o que faz por não lhe ter sido dada outra escolha...
Não me é convencimento saber que seremos eu o teu amor e, de mim, o amor será você. É que diante de ti não tenho eu outra escolha... e assim me faço.
Não só por causa da vidente, das palavras do seriado, mas por causa de Saramago, Rainer Maria, Juan Bonilla e Dan Rohdes que; caso estejas tu a me questionar; eu sigo pensando do meu umbigo além.
Então fiquem.
Penso dentro desta lógica e indo além, que não é à toa que está o homem a servir-se de tantas ferramentas e tecnologias. É por não ter escolha que cria tantas cousas da sua ciência. E isso lhe é da vida o isso o que incomoda e o que lhe pulsa.
As vezes, não aceitamos o fato de não termos o controle do acaso. Ou melhor, temos sim o domínio de nossas vidas... não questionemos o que não temos escolhas. Sabemos nós que nos foi concedido o dever de cuidarmos, cada qual, de nossas próprias vidas. Mas o que temos de fazer assim o faremos e não adianta termos feito outras escolhas, processado?
Temos então celulares, computadores, vídeo-games, veículos, eletrodomésticos, casas, prédios e muitas opções de cada para fazermos as nossas escolhas. Mas quando a fazemos estamos apenas nos permitindo fazer o que temos de fazer para chegarmos aonde temos que chegar a qualquer jeito. O mal é mal não por escolha mas por que não tem outro que ser pois não sabes na vida fazer outra coisa e o bem é invencível por que não tem escolha.

Um exemplo genérico?
... Enfim, já é certo que várias coincidências que até aqui me guiaram foram minhas não-escolhas, e concedidas a mim em liberdade de fazê-las. E por mais que possam ser inaceitáveis, ou peçam, ao tempo, seu questionamento verídico, o fato é que a minha vida começa e termina em palavras. E por isso, cair aqui me foi imprescindivelmente inevitável. Por que ficam a me perturbar, em imagens escritas, o tempo todo as palavras que surgem nos incansáveis diálogos do meu pensar. São elas que me incomodam, que me despertam, que me apaixonam, que me infectam, que me destroem, que me falam... E é por isso que rodo, perco o sono, mas que não tem jeito: Logo estou eu, e aqui, a escrevê-las. E deste fato eu, mesmo que tente, já não corro. E agora, diante do fato de saber que não importa o que faça, estarei eu sempre a usar as letras para resolver, eu não lamentarei delas exprimir apenas o que ainda ao culto parecer medíocre. Não ter outra escola ou escolha,não faz de mim nem mais nem menos, apenas Escritora! ... Que não cansa de ter esperança... E que não tardou a criar uma outra só para aqui ficar clara a sua não-escolha. Assim fez-se a Tata Muchacha, e é para isso que a trouxe em mim, para não se cansar de ver na vida tantas cores e crianças a se alimentarem em harmoniosa festança, aqui de dentro. Eu faço o que faço por que não tenho escolha... mesmo quando não quero estou eu com a caneta e a folha.
... Suspiro...
Decidida a não corrigir este texto por sua exaustão de mesmas conclusões, decido que não tirarei nenhuma ESCOLHA, AQUI, OUTRA COISA, SENÃO, MIM, TI, AMOR E O SEU SINÔNIMO PARA MIM: VOCÊ; E O SEU COMPLEMENTO: LIBERDADE.
Pronto! Façam aqui a primeira pausa com um brinde: viva a liberdade!!!!!

Pronto?
E não se questionem por que volta o mundo em círculos, se assim o é e já foi dito. E nem se valham desta frase como conselho. Se lutarem e lutarem sem vencer, se nadarem e nadarem sem chegarem à praia. Saibam, como seres vivos que somos, que é preciso viver por que não temos outra escolha e é preciso entender que o que nos é dado a repetir é o que fazemos sem opção de não o fazer.
Viver é ter de fazer essas coisas para saber que não importa o que façamos, o fazemos pois não temos escolha.
Outra exemplificação mais ampla...
Se você é fotógrafo, logo deve me entender quando diante de tantos artefatos, tecnologias e tipos de câmera você possa até se perder, mas não consiga, então,fazer outra coisa a não ser escrever da vida a sua luz. E se você é pintor não lhe importam quantas sejam as opções de telas e/ou tintas, o que quer que escolha, o que você vai fazer é registrar em arte as cores da vida. E se você é escritor, não lhe faz diferença a ferramenta ou a caneta, e você até tenta, mas não sabe fazer da vida outra coisa a não ser lhe registrar os fatos às palavras.

E não temas que a vida assim possa parecer tão chata, tão cruel ou desenfreadamente trágica.
Posto que iremos acabar talvez pela ganância de uns, pela arrogância de outros, pela força do efeito do poder em alguns; Posto que as nossas comidas já são venenos ou que dela nem sabemos; Posto que nossas águas são escassas e as nossas armas são tantas; Posto que haja tantas e desiguais vivências... Por que se ela tem de acabar, basta estarmos vivos para sabê-lo. Então não-escolha a dor para fazer o teu bem. E viva a tua liberdade para fazer o que não tem outra escolha. Cuida do que não tem jeito e deságua no teu peito sem que possas escolher.

Cheio?
Uma pausa para mais um brinde à liberdade, e aos que não se cansam de ter esperanças, por que isso é coisa de ser humano que não tem da vida outra escolha. E como tais, sabemos sermos nós imensamente débeis, mas sensíveis, sensitivos, seres que estão vivos e não tem outra escolha a não ser da vida, viver. E amem por que a nós e á racionalidade não nos resta escolha a não ser precisar e saber perfeitamente amar.
Assim o é para que possamos ser amados, amantes, entendidos tal como assim o somos. Humanos cheios de defeitos ou virtudes e libertinagens ou pudores, e chatices ou risos e/ou dissabores.
Não amar não é de nós.
E saúde à vida que não tem outra escolha a não ser nos levar, quer seja para escassez dos recursos que nos tornam vivos, quer seja para deles nos libertar.
Essa história de nunca diga nunca, não aceite, questione,seja feliz e independente, pense e ame primeiro e só você... são apenas frases de um império comercialmente globalizado que se não estão a funcionar para as suas metas ao menos te fazem comprar um pouco para se consolar. Quando não se tem outras escolhas, essas fórmulas prontas não nos servem pra nada. Por que somos o que somos por que não temos escolhas e danem-se as metas e as fórmulas!
Aos que fazem entender como pessimista ou otimista estas palavras, parem de tentar fugir do que é inevitavelmente a nossa escolha enquanto espécie: O otimismo, o pessimismo e a piedade são apenas faces de uma moeda consumista e para isso alimentar, e que nos põem quase mortos e imóveis, somente à esperar.
O que nos é certo, e dado como pensamento e cérebro, é que vivos, façamos o que façamos devemos estar em movimento. E façamos o que façamos nos foi dado, como vestes, a esperança e a compaixão para não perdermo-nos do que somos por livre NÃO-ESCOLHA. APENAS SERES E HUMANOS.

Ao João Pedro Manara, Ângelo Varejão, Tiago Berbare, Bruno Sandini, Natália Kondo, Gabriela Mamede, Marilia Melo, Fernanda Machado, Marcela teixeira, Paulo Borgia, Gabriela Magalhães, Pedro Borgia, Janete Gonçalves, Mauro Francisco, Mauro Rafael, Rafael Cordeiro, Letícia Rebello, Fernanda Rappa, Thales e Renan Duarte, Melise Wenceslau, Budega, Paula e Simone Manara, Karina Alméri, João Paulo Mattos, Alexandre Hisano, Felipe Cobra, Felipe e Isabela e Flávia Ballista, Pedro Wirz, ao Matheus Duarte Spinelli e...À Tata Muchacha e todos, sem escolha, vocês.

Isso é metafísica, é a vida em cores, magia em flores, alegria de amores
isso é arriba e é pra lá que estamos todos, sem escolha, a caminhar!!!!