Monday, September 25, 2006
garçom?
garçooommmm?
ô garçom?
enquanto o garçom não vem...
o tempo oscila como que sem cronologia
encontro em tempos diferentes, mas na mesma medida, três histórias parecidas.
A história da força de três pássaros meninas que desafiavam as circustâncias com as vísceras.
A primeira menina era Florinda... esta menina romântica e medieval tinha nascido com as palavras da vida. Sabia como encontrar qualquer medida ou maldade e sabia contá-las com poesia.
A segunda, Dona FLôr, era contemporânea e nada comedida. Mais enérgica que Florinda, ela ganhou de presente, ao nascer, uma lua. Tem muita sorte na vida e é determinada como um Girassol em busca da sua direção.
A terceira chama Margarida. e esta vem de um planeta que não se nomina. Tem jeito e cheiro de menina mas vive muito distante onde realiza projetos de desenvolvimento sustentável e pelo qual é muito bem quista e reconhecida.
Se encontraram, certa vez, num portal do tempo. Onde serviam-se de longas risadas regadas ao lúpulo e ao malte.
Não falavam bem a mesma língua e nem se quer se conheciam... mas bebiam com exagero da mesma bebida.
Saíram embriagadas, cada qual com o seu tempo e sua formação de feminina, sabendo apenas que quando chamavam o garçom, ali se entendiam.
A estas três pequenas flores dedico, com um brinde, a minha bebida.
E enquanto espero o garçom eu fico à espera das minhas meninas...
(uma homenagem a Gabriela Mamede, Natália Kondo e Tata Muchacha)
na foto uma imagem roubada de Paiva: o garçom mais amado do mundo!
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2 comments:
Que lindo isso Flôrída! Algo delicado como uma poesia e forte como um discurso de alguém que sabe oque procura! Te amo preta! beijos...
parto levando meu lúpulo e meu malte e é pensando na volta que dos meus lábios em parceria com as cordas vocais percebo o brotar de uma gargalhada, sim. uma gargalhada de esperança. De ver Florinda, Dona Flôr e Margarida juntas no mesmo jardim suspenso de toda e qualquer Babilônia insandecida, incandescente, fluorescente...onde o vento colorido leva tudo aquilo que já é sem cor.
sigo.amiga.
levo-te p'ronde quer que eu vá.
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