Friday, January 20, 2006



01/07/06
Querido Correspondente...

O frio da Islândia é ainda mais rigoroso do que você pode supor. A vida se dissipa no gelo e tudo parece o silêncio. Sobre as telas grandes e o futuro...
Sobre imagens e sons?... Hoje, não tenho muito sobre isso pra dizer.
Acordei com os orangotangos se acarinhando na janela: A dona Orangotanga abraçava seu filho como quem matava a saudade e ele lhe passava as mãos pela cabeça, num sigiloso ato de ardor... Ahh... a maternidade me toca os olhos da alma!!! Aliás, meu caro, optar pela maternidade é algo que não me agradaria muito embora eu saiba que se um acidente a antecipasse como que por acaso... talvez eu estivesse, hoje, recebendo de meu filho em casa, os mesmos abraços que a Dona Orangotanga islandesa.
Pois é! Apesar da tal dissipação da vida, a Islândia tem macacos vitalícios. A várias vidas me passam pelos olhos como possibilidades... Vejo tudo e todo o mundo como um grande SE, um leque de opções e variações que poderíamos explorar, agora, sem roteiro... Mas com uma boa DV nas mãos. E Talvez seja, ainda agora, essa a linguagem que me busca.
Bom, eu não sei qual será meu próximo destino. Talvez a África...? Lá suponho encontrar um calor mais fulgaz e ardente nos primatas. E ainda lá... encontrarei os ritmos, as etnias e uma vasta imensidão de olhos pra me reconfortar da tua ausência.
Lamento não ter trazido os seus olhos comigo, adoraria que pudesse ver o que estou sentindo... mas agradeço poder traze-lo sempre perto ainda que cego!
E sobre uma despedida em Orange Country no fim das férias de verão? Ainda espero te-lo lá para terminar a peregrinação com um lindo desfecho!
Despida de sons e vestida com o silêncio...
.... besos en tu corazón divino!
De tuya Tata Muchacha,
P.S: Mira... amo te e tu mama también!

1 comment:

tata muchacha said...

para gordinho